terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Segredo do Manuscrito Chinês de Luísa Fortes da Cunha






Teodora e o Segredo do Manuscrito Chinês


No Mundo Paralelo, Teodora e os seus companheiros têm de se preparar para uma missão ainda mais perigosa que as anteriores. Desta vez o Mago Saramago quer que os nossos amiguinhos recuperem um manuscrito que contém um segredo incalculável e que se encontra escondido na China. Mas, para isso, Teodora, Alex e Gil têm de solucionar inúmeros enigmas e ultrapassar todos os desafios que lhes vão ser apresentados, para evitar que Pooka se apodere dele primeiro. Não percas esta aventura e fica a par de todas as emocionantes novidades do Mundo Paralelo.

http://www.teodora-luisafortesdacunha.blogspot.com

domingo, 26 de outubro de 2008

A LÂMPADA DE ALADINO



O LIVRO TÃO ESPERADO PELO PÚBLICO!


Não sendo um conto sobre Portugal fala de nós...



A Lâmpada de Aladino constitui o esperado regresso de Luís Sepúlveda ao território da ficção. Ao longo das histórias que compõem este livro reencontramo-nos com esse território de sentimentos que fizeram do autor um dos nomes mais apreciados da literatura da América Latina.

Neste livro, o autor dá vida a personagens inesquecíveis, prendendo o leitor da primeira à última página.

sábado, 11 de outubro de 2008

Mia Couto


Mia Couto e os autógrafos na centésima página em Braga
Foto de João Feijó

- Pelo que percebi percorrendo as páginas de “Venenos de Deus, Remédios do Diabo”, este livro é uma viagem à uma outra vertente da cultura, como os encontros e as divergências de perspectivas de ver o mundo, de procuras e encontros de identidade... É isso?

- Eu acho que desde o meu primeiro livro há um tema que nunca me abandonou que é o tema da procura de identidades. Estas identidades que nós pensamos como sendo puras, isoladas e estáticas, não são nada disso e pelo contrário são dinâmicas. Este livro fala um bocadinho sobre isso, sobre uma mestiçagem que não é apenas racial mas uma mestiçagem de culturas. Evidentemente que a história é uma outra coisa, mas de uma forma indirecta falo também sobre isso.

- Falando essencialmente deste livro, exactamente o que são, na perspectiva de quem escreveu, estes remédios e estes venenos?

- É uma história de encontros e desencontros, de alguém que pensa que vai encontrar alguém, e que não encontra, e que pensa que vai encontrar numa determinada terra, que lhe aparece na aparência, é uma outra coisa. Quer dizer, esta terra é uma espécie de cenários, de imagens e de representações que são sempre falsas. Portanto, há aqui uma fabricação de mentiras, pois para existir esse lugar é preciso mentir sobre si próprio. Aqui há uma família que vem de fora e que tem que construir uma encenação para conseguir o tipo de relação com essa pessoa que vem de fora. Este livro nasceu quase acidentalmente. Estava eu a escrever outro livro, que acabei adiando, quando me surge a ideia desta história. Foi por acidente que saltei para esta história pequena e que foi crescendo, que começou a chamar-me, a prender-me e de repente fiquei nela e abandonei o romance logo que tenho e que vai sair posteriormente.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

POESIA




Se todo o ser ao vento abandonamos


E sem medo nem dó nos destruímos,


Se morremos em tudo o que sentimos


E podemos cantar, é porque estamos


Nus em sangue, embalando a própria dor


Em frente às madrugadas do amor.


Quando a manhã brilhar refloriremos


E a alma possuirá esse esplendor


Prometido nas formas que perdemos.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

A POESIA de MIGUEL TORGA

A Terra
Também eu quero abrir-te e semear
Um grão de poesia no teu seio!
Anda tudo a lavrar,
Tudo a enterrar centeio,
E são horas de eu pôr a germinar
A semente dos versos que granjeio.
Na seara madura de amanhã
Sem fronteiras nem dono,
Há de existir a praga da milhã,
A volúpia do sono
Da papoula vermelha e temporã,
E o alegre abandono
De uma cigarra vã.
Mas das asas que agite,
O poema que cante
Será graça e limite
Do pendão que levante
A fé que a tua força ressuscite!
Casou-nos Deus, o mito!
E cada imagem que me vem
É um gomo teu, ou um grito
Que eu apenas repito
Na melodia que o poema tem.
Terra, minha aliada
Na criação!
Seja fecunda a vessada,
Seja à tona do chão,
Nada fecundas, nada,
Que eu não fermente também de inspiração!
E por isso te rasgo de magia
E te lanço nos braços a colheita
Que hás de parir depois...
Poesia desfeita,
Fruto maduro de nós dois.
Terra, minha mulher!
Um amor é o aceno,
Outro a quentura que se quer
Dentro dum corpo nu, moreno!
A charrua das leivas não concebe
Uma bolota que não dê carvalhos;
A minha, planta orvalhos...
Água que a manhã bebe
No pudor dos atalhos.
Terra, minha canção!
Ode de pólo a pólo erguida
Pela beleza que não sabe a pão
Mas ao gosto da vida!